domingo, 12 de fevereiro de 2012

11 de fevereiro, gente que não crê na austeridade

Ontem, encontraram-se em Lisboa uns quantos milhares de pessoas, que, parecia, estavam fartinhos desta lenga lenga da crise. Aprende-se na escola que todas as situações problemáticas obrigam a pensar no sentido de se encontrarem soluções novas. Porque as velhas já não conseguem responder aos problemas.
Se as questões são gerais e afetam um país, o país deve ser mobilizado para a solução. Por cá, simplificou-se: o FMI definiu as linhas gerais, o governo concretiza as medidas e o povo deverá cumpri-las silenciosamente.

Quando as pessoas, que acham a liberdade um valor definitivo para a condição humana, se põem a pensar, terminam sempre por se aborrecer. A liberdade dá-se mal com a democracia diminuída.

 Um verdadeiro cidadão exemplar, cínico sarcástico e acutilante. Mas como é humano, equivocou-se. Os ladrões não têm mesmo vergonha.

Lá está, o regime anda por caminhos de democracia virtual. Não se diria melhor!

A net anda a picar o poder, então o poder tem de a regular e censurar. A liberdade de opinião só deve ser possível depois de amaciada. Que coisa é esta de se revelarem as incompetências das autoridades? Ainda se ficava com a ideia de que era gente comum, sem nada de relevante para se poder assumir como elite dirigente, a não ser pertencer a um partido e ter ligações com os centros financeiros.

Será um anúncio do carnaval? Coelho nu e pendurado? Percebe-se a sanha do 1º ministro contra os festejos tradicionais! A ironia reduz a importância, tornando-a risível. Pode lá acontecer uma coisa destas num momento tão sensível para o país?!

Como de costume, a nobreza vira costas ao povo que reclama e afasta-se calmamente. Nem o chamamento da criancinha tornou D. José menos surdo. Saudades da ferocidade do marquês, quem sabe...

Luís, cidadão

10 comentários:

Silvares disse...

Mémé. É só que se me oferece dizer.

Silvares disse...

"É só O que se me oferece dizer" queria eu dizer. Faltava-me o "o" o que faz toda a diferença.

Luís, cidadão disse...

E o mémé refere-se a quê? Presumo que não sejam apetites de ensopado de borrego.
Também concordo que no O é que está toda a diferença. É uma letra que se presta a utilizações de carácter erótico, por um lado, e bastante ofensivo por outro. Daí começar-se muito conversa com "o". Dá imediatamente azo a subtis conotações que tornam a dita conversa muito mais interessante.

Chapa disse...

Exemplar!

Silvares disse...

Mémé é mémé, é conversa de ovelhinha a ser oferecida ao Menino Jesus. Livre de impostos.

Silvares disse...

Ah, a foto da criancinha a cavalo no futuro está muito muito!

the dear Zé disse...

muito muito, uma ternura para memória futura...

Luís, cidadão disse...

Nem de propósito Silvares. Como um bom cidadão exemplar lê o Correio da Manhã para ficar informado (do 1º manifesto), estava hoje folheando aquele bom manancial de informação sintética e fidedigna, quando deparei com aquelas páginas das pequenas jeitosas, que oferecem agradáveis e completos serviços de bem estar. Estava lá uma imagem dum cu que me ia entrando pelo olho dentro, de modo que, enquanto coçava a pestana, li o texto. E passei para outros. descobri a nossa conversa do "O" diretamente utilizada para assuntos de natureza eminentemente prática. Daqueles em que a conversa é demasiada e, em vez de dispor bem, só atrapalha. Onde se prova que o erotismo sexual de carácter pornográfico traz consigo um manancial de pistas para a filosofia do linguado, ou da linguagem se fordes cegos.

Companheiros cidadãos, também me comovi com a criancinha, quase tanto como com a duração do discurso do novo secretário geral da CGTP (unidade sindical, se for musicada). E agora comovo-me com as vossas observações, que estou interpretando como elogiativas (se não forem, fazem o favor de se calar).

Luís, cidadão disse...

Canaco ó Silvares, lá estás tu a falar demais!

Luís, cidadão disse...

Caneco, era caneco!