quarta-feira, 27 de junho de 2012

domingo, 17 de junho de 2012

O bom aluno


Os ministros do governo português e, principalmente, o nosso presidente da república, não se cansam de dizer que Portugal é um bom aluno na Europa. 

Argumentam que, para merecer essa classificação, os políticos do nosso país têm cumprido com zelo o programa de austeridade imposto pelas instituições internacionais. Ou seja, para Cavaco, Passos Coelho, Paulo Portas e os restantes responsáveis pela governação de Portugal, o bom aluno é aquele que copia para o seu caderno aquilo que o mestre escreve no quadro e, em situação de teste às suas capacidades, revela uma surpreendente capacidade para reproduzir a lição. 

O bom aluno não tem um rasgo de criatividade nem um lampejo de inteligência. O bom aluno comporta-se como deve ser, veste-se a preceito, lava-se bem atrás das orelhas e não revela o mínimo impulso de revolta. 

Portugal é um bom aluno cuja principal qualidade é obedecer de forma canina à voz do dono. Senta! Senta-se. Deita! Deita-se. Rebola! E Portugal rebola-se sob o olhar sarcástico de quem lhe atira ossos como prémio de bom comportamento. 

Ainda assim, nada garante que o bom aluno venha a ter uma boa nota no final. É que, para esta avaliação, o comportamento, atitudes e valores não têm peso nenhum. No final, o que vai contar são os resultados e, nesse domínio, a atitude servil do bom aluno não conta. O que vai ser avaliado são as suas reais capacidades de resolução de problemas. Nesse capítulo o nosso governo e o nosso presidente não têm sido capazes de convencer muita gente. 

Portugal será um aluno capaz de passar muita graxa ao avaliador mas não me parece que o avaliador se deixe embalar em cantigas. Bons alunos como este nem sempre se safam e, bem vistas as coisas, merecem até um certo desprezo.

Cidadão Silvares

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Ao vivo (e a cores!)

Segurança Social

Está em andamento a exposição "Pecados Ligeiramente Mortais" que segue o seu caminho em velocidade de cruzeiro. São 13 trabalhos do cidadão Silvares que podem ser vistos ao vivo na Parede do costume e, ao morto, podem ser vistos aqui, aqui e mais acoli.

Como podes ver, incomensurável leitor, é um conjunto de imagens para todas as idades que abordam de forma elevada alguns episódios do quotidiano e fazem-no com muita moral, sempre de acordo com um apertado código de honra e cidadania do mais fino recorte e inegável bom gosto.

Sempre te digo, visitante amigo, que é mais bonito ver estas coisas ao vivo do que ao morto. Além disso, Almada é uma cidade linda nesta época do ano e a vista que se desfruta desde o terraço que é a esplanada do bar do Fórum Romeu Correia pede meças às mais belas paisagens deste nosso Planeta Azul.


sábado, 2 de junho de 2012

o cidadão coloquial, cap. II





mais uma vez o cidadão exemplar dá-lhe conta de como foi mais um grandioso encontro no Museu da Cidade de Almada. desta vez tratou-se, como anunciado, do magnífico colóquio "à conversa com Paula Rosa", com a presença da artista, que nos contou e encantou com o seu enorme talento, trabalho, técnicas, métodos, influências e sorrisos. 
um muito bem haja para ela e para todos os presentes (sem esquecer o Luís cidadão, exemplar organizador e mestre de cerimónias destas e de outras andanças).